Preguiça - A paixão do Tipo 9 do Eneagrama

08-10-2019


A paixão do Tipo 9 é a "preguiça". A "preguiça" do Tipo 9 consiste na falta de compromisso com o que é essencial fazer. Está ligada ao hábito de não pensar ativamente ou importa-se com, as suas prioridades, vontades ou desejos.


Em substituição, vai desenvolvendo atividades secundárias que o distraem do propósito principal e com as quais ganha uma espécie de conforto. Ao sentir uma necessidade pode "esquecer-se" dela ao ver televisão, falar com pessoas, fazer coleções, comer, trabalhar... Neste contexto, a preguiça assume o controlo ao ignorar  e negligenciar a si próprio.

A "preguiça" do Tipo 9 acaba, assim por ser uma atitude em que se auto desvaloriza, não exteriorizando o que pensa, quer, precisa e sente com o seguinte raciocínio:

- "Eu não importo. É mais fácil assim"

- "O que penso e sinto não é importante. Os outros têm convicções mais fortes do que eu."

- "Não vou zangar-me ou ficar chateado porque isso deixa-me numa posição estranha com os outros e pode causar conflito."

- "É mais importante ser simpático ou pacifico do que ser fiel a mim próprio"

- "Nem sei bem o que quero"

- "Assumir o que quero é muito difícil porque pode afastar as pessoas à minha volta com as quais me quero conectar".

- "É mais fácil fazer o que os outros querem do que dar-me ao trabalho de impor a minha vontade."

Neste contexto, Tipo 9 pode ajustar-se tanto aos outros que é como se fundisse com eles, ou pode simplesmente resignar-se em não ter o que quer. Por vezes, é como se nem valesse a pena saber o que quer, adotando a estratégia de se fingir morto para se manter vivo.

Esta atitude com o tempo acaba por ter um efeito indesejado. Sendo o Tipo 9 um instintivo que reprime a raiva em nome da harmonia, não consegue evitar que em cada necessidade ou vontade reprimida essa raiva se acumulando interiormente até ao dia em que ela acaba por explodir! 

Para se tornar mais funcional diminuindo a paixão da "preguiça" o Tipo 9 precisa  questionar estas crenças sobre si mesmo, nomeadamente a de que não é digno de consideração. Para isso é preciso aprender a estar mais presente e desenvolver o trabalho interior necessário para  aceder à virtude da "Ação Certa".

Helena Portugal

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Helena  Portugal
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