O Tipo 2 do Eneagrama explica porque tem de ser ele a ajudar!
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Pessoas do Tipo 2 explicam porquê que têm de ser elas a ajudar os outros.
" Sinto que tenho de ser eu a ajudar os outros, em primeiro lugar porque consigo fazer várias tarefas ao mesmo tempo, posso ser prestável em várias "frentes". Depois, porque consigo poupar as pessoas de preocupações, como transmito confiança elas não têm que se preocupar se as coisas estão bem ou mal feitas.
Estou disponível para ajudar mesmo nas coisas que não me competem. Ok! Acho que posso acabar por meter o nariz onde não sou chamada, mas a pessoa pode ficar descansada porque eu estou a zelar pelos interesses dela.
Normalmente, acho que entendo muito bem as pessoas, sinto o que elas sentem e encontro/sinto aqui um propósito interno muito forte como se fosse um propósito para a vida. Vivo as questões dos outros como se fossem minhas e crio assim uma conexão profunda que tanto procuro. Faço tudo pelos outros e acabo, também por me sentir indispensável pois movimento-me de necessidade em necessidade alheia, às vezes até de pessoas que nem me pediram mas que "eu acho" que precisam de ajuda ou de mim.
Por outro, lado sinto também muitas vezes que se eu não for ajudar, tudo se vai desmoronar... Quando encontro alguém numa situação difícil, tenho internamente a ideia de "salvadora" que se mistura com a ideia angustiante de que se não for eu, ninguém se vai importar e aquela pessoa, "coitada", não vai conseguir sair da situação. Assim, tenho que ir, mesmo que isso implique virar a vida ao contrário porque secretamente, tenho a crença que, se eu fizer isso por aquela pessoa agora, que precisa tanto, de alguma forma quando eu precisar ela também vai estar lá para mim... Fazer tudo por alguém que está desesperado faz-me acreditar que de alguma forma quando eu estiver desesperada, também terei alguém ao meu lado (a ajuda vem sempre de fora - eu ajudo o outro, o outro ajuda-me a mim). Eu amo os outros e assim procuro garantir que me amem ... mas não pode ser uma ajuda qualquer... as pessoas têm que escolher as palavras certas, o momento certo, entender-me bem, se não, também não serve ou não quero a ajuda delas."
Helena Portugal
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