Tipo 5 Auto preservação - Castelo

28-10-2019

O Tipo 5 Auto preservação é aquele que ilustra com mais evidência as características de que nos lembramos logo quando se fala de um Tipo 5.


O nome que lhe é dado, "Castelo", mostra a necessidade de estar "encastelado" - estar escondido ou protegido por paredes. Psicologicamente e às vezes, até fisicamente, o Tipo 5 constrói paredes robustas para se proteger do mundo e das pessoas. E é ao isolar-se no castelo ou santuário, que a avareza do Tipo 5 Auto preservação se expressa.

Este subtipo é a expressão mais clara do arquétipo de isolamento e introversão. Necessita de se esconder atrás de fronteiras que possa controlar e saber que tem um lugar seguro para onde se retirar evitando, assim, sentir-se perdido no mundo. Ao focar-se em encontrar um abrigo, aprende a sobreviver dentro de paredes onde quer ter tudo o que precisa para não se ter de aventurar no mundo. Para ele o mundo exterior é muito hostil, inadequado e brutal.

O problema com esta questão, especialmente quando é extrema, é que viver enclausurado não é realmente compatível com a satisfação das necessidades básicas do ser humano.

Relacionada a esta necessidade de proteção de fronteiras claras, também há um grande foco de atenção em sobreviver sem as limitações dos choques externos ou surpresas.

Sente que precisa estar sempre em guarda e tem uma grande dificuldade em expressar a raiva, embora a possa comunicar passivamente ao isolar-se, esconder-se ou ficar em silêncio.

A necessidade do Tipo 5 Auto preservação se esconder pode trazer dificuldades na sua capacidade de expressão a nível geral, já que este é o menos comunicativo dos Tipos 5. O gosto por se esconder, também se manifesta ao fazer coisas em segredo para que as suas ações não comprometam a capacidade de se manter em guarda.

Este é o Tipo 5 que mais se esconde e como consequência natural de renunciar às suas vontades e necessidades, tenta viver com muito pouco, principalmente no que toca ao apoio emocional que os relacionamentos proporcionam. Limita o que precisa e os desejos porque acredita que os desejos podem torná-lo dependente dos outros. Desejos, então, são minimizados a um interesse específico, atividades concretas ou então apagados da consciência.

Vive "pouco", ou seja, vive com poucos recursos o que se pode traduzir numa vida modesta ou empobrecida. Para ele é difícil pedir o que quer, assim como aceitar o que lhe dão.

No relacionamento com os outros evita criar expectativas, dependência e conflitos, o que é outra forma de se desconectar das pessoas. Quando sente uma grande ligação, é apenas a alguns lugares e pessoas. Para evitar o conflito e gerir o contacto com os outros comporta-se de maneira a não ser visto, agindo como se fosse transparente.

Quanto precisa de despender energia para conviver com os outros fica ressentido, porque, na verdade, isso representa um grande esforço e traz cansaço. Embora, possa por vezes escolher partilhar sentimentos com as poucas pessoas em quem confia, tem uma grande inibição em mostrar agressividade.

Em contrapartida tem um tipo de afeto e humor que é a expressão genuína tanto da sua sensibilidade como do escudo de defesa que coloca à sua volta.

Nas interações sociais pode dar aos seus conhecidos a impressão que criou laços de amizade, quando na verdade esteve apenas a estudar ou apaziguar essas pessoas e não propriamente a iniciar qualquer tipo de relacionamento. 

Traduzido e adaptado do livro " The Complete Enneagram - 27 Paths to greater Self-knowledge" Beatrice Chestnut, PhD

Helena Portugal

Helena  Portugal
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